quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Você sabe quem é Aylan Kurdi ?




Você sabe quem é Aylan Kurdi ?


Com certeza ele está com Deus, Maomé, Buda, Alá...
Dias atrás, escrevi neste espaço sobre a tragédia dos imigrantes em todo o mundo. Acho que a morte de Aylan, o menino sírio de 3 anos, parece ter sacudido e mexido com a consciência de todo o mundo. Nos últimos dois séculos somente o Brasil recebeu 4,7 milhões de imigrantes. Principalmente, alemães, italianos, espanhóis, africanos, chineses, japoneses, portugueses, coreanos, poloneses, suíços, árabes, entre outros.
Sinceramente fico chocado, quando assisto com frequência um desfile de preconceitos em relação aos recentes fluxos migratórios para nosso país. Interessante, é que esse preconceito não é atual. No final do século XIX, houve a disseminação no Brasil de conceitos de superioridade racial que tinham se desenvolvido e adquirido grande prestígio no exterior.
O pensamento científico brasileiro da época, que era fortemente marcado pelo positivismo, adotou "teses científicas" de darwinismo social e eugenia racial para defender o branqueamento da população como fator necessário para o desenvolvimento do Brasil. A elite social e política brasileira, que era majoritariamente branca, passou a considerar como certo que o país não se desenvolvia porque sua população era, em sua grande maioria, composta por negros e mestiços.
A imigração não era considerada somente um meio de suprir a mão-de-obra necessária na lavoura, ou de colonizar o território nacional coberto por matas virgens, mas também com meio de "melhorar" a população brasileira pelo aumento da quantidade de europeus, conforme informações colhidas na Wikipédia.
Em relação à Europa, para quem não sabe, todos os países da África, exceto Libéria e Etiópia, foram colonizados, escravizados, explorados, massacrados e saqueados pela Grã Bretanha, França, Portugal, Alemanha, Itália, Bélgica e Espanha. Por conta da fome e das guerras civis e religiosas, milhares de africanos e agora também árabes, estão rumando para o continente Europeu em busca de comida, segurança e um futuro melhor para seus filhos. A tragédia do Mediterrâneo que assistimos todos os dias pelas mídias na verdade ela tem nome e agora representa uma fatura um tanto “cara” que está chegando para estes países.
É inevitável que eles precisam ser responsabilizados e compensar o que exploraram e saquearam durante muitos anos. É evidente que eles precisam receber estes imigrantes, seja por uma questão histórica ou mesmo por uma questão humanitária.
Com certeza o menino Aylan está com Deus, Maomé, Buda, Alá...

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Lourival Amorim