quinta-feira, 20 de abril de 2017

O Centenário dos Cursos Contábeis em Santa Catarina






               No ano de 1917, iniciava no Instituto Polytechnico de Florianópolis, o primeiro curso com cadeiras de contabilidade em Santa Catarina.  Com duração de três anos, o “Curso do Comércio” contemplava cadeiras de Contabilidade Prática, Escrituração Mercantil, Tecnologia e Técnica Comercial, Ciências da Administração, entre outras.

               Poucos anos depois, em 1924o curso passava a denominar-se “Curso de Ciências Comerciais” que diplomava Guarda-livros e Perito Judicial. Esse curso dava direito ao uso de anel que constava de um aro de ouro, caduceus, decálogo e turmalina rosa. O prédio centenário, localizado na Rua João Pinto, esquina com a Travessa Ratcliff, no centro de Florianópolis, hoje está sob os cuidados da Universidade Federal de Santa Catarina, abrigando atividades artísticas.

                Registro especial para a primeira formada pelo Instituto, a aluna Carmem Barbosa em 1920. Dona Carmem em 2002, foi nossa convidada e homenageada no CRC/SC aos 102 anos de vida. Foi uma mulher muito à frente de seu tempo. Uma noite memorável com suas lúcidas lembranças sobre à época.


                  Em 1932, com o encerramento do Instituto Polytechnico de Florianópolis, foi criada a Academia do Comércio de Santa Catarina, carinhosa chamada por seus alunos de “Academia do Jacaré”, que manteve o Curso de Técnico em Contabilidade até o ano de 2000. A primeira turma de Peritos Contadores, formou-se em 1937, tendo entre os formados Ariosto José de Carvalho Costa, Carlos Dominoni, Elias Mansur Elias, Ernani Bom da Silva, João Ovídio Wendhausen de Oliveira, Jorge Edgar Ritzmann, José Leonardo Clasen, Osvaldo Silveira, Rodolfo Silveira e Vitor Silveira de Souza. No Estado foram mais de uma centena de cursos formando Técnicos em Contabilidade, até sua extinção por Lei em 2010.

                O primeiro curso superior de Ciências Contábeis, teve seu embrião em 1963, no Departamento de Contabilidade da Faculdade de Ciências Econômicas da UFSC, com a participação dos professores Luiz Eugênio Beirão, Hylton Gouveia Lins, Gustavo Zimmer, Oscar Pereira, João Makowiecky e João Ferrari Dias. A primeira turma colaria grau em 1966, tendo com o formados, entre outros, Valério Matos, Carlos Passoni Júnior, Nilson Boeing, Waldir Veloso da Silva, Edson Teixeira, Alfredo Muller Júnior, Hugo Becker e Odemir Faísca.

               Atualmente, existem 69 cursos de Ciências Contábeis espalhados por toda Santa Catarina dedicados a formação de bacharéis. Em relação aos profissionais da Contabilidade, hoje somos 21.000 em Santa Catarina e 528.000 no Brasil.

              Concluindo, a evolução do ensino da Contabilidade também fez evoluir o profissional contábil. Da tímida figura do guarda-livros no início do século passado, temos hoje colegas ocupando os mais diversos cargos deferidos pela sua formação como, professor universitário, contador, controller, auditor independente, auditor fiscal, consultor empresarial, consultor tributário, empresários da contabilidade, entre outros.

                Num brevíssimo resumo, essa é a história dos 100 anos dos Cursos de Contabilidade em Santa Catarina.

Lourival Amorim
Contador – Auditor Independente

domingo, 16 de abril de 2017

Consciência Política



Minha consciência política, religiosa, filosófica e econômica, não me faz escolher apenas os amigos que tenham a mesma linhagem que a minha, embora seja muito difícil “navegar” sem se identificar se você é de esquerda, de direita ou “murista”. Tempos atrás, o historiador e filósofo Leandro Karnal criou uma polêmica nas redes sociais ao dizer que as “pessoas que acreditavam que a corrupção no Brasil pertencia a um único partido eram muito felizes”. 

O raciocínio tinha lógica, pois bastava tirar este partido do poder e o Brasil estaria finalmente livre da corrupção. Apesar de quase todos saberem que isso não era verdade, mas era importante acreditar (para ser feliz). No mesmo momento Karnal foi taxado de comunista, petralha, mortadela, entre outros adjetivos não publicáveis.

Hoje, passados menos de um ano do Impeachment, a Operação Lava Jato desnuda a classe política brasileira expondo suas terríveis entranhas da relação promíscua que vem acontecendo há meio século entre políticos e empresários inescrupulosos. A Lista de Fachin não deixou pedra sobre pedra. Atingiu o atual presidente, ex-presidentes, atuais e ex-ministros, senadores, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, atingindo mortalmente o coração de TODOS os partidos.

Agora fico imaginando a frustração das pessoas que “eram felizes” ao descobrirem que a corrupção não tem partido, ideologia, grau de escolaridade, religião ou poder econômico.

Só que a Lista de Fachin nos traz uma perigosa reflexão... Como fica a autoridade ética e moral para nossos atuais governantes e parlamentares continuarem nos seus cargos promovendo reformas econômicas, trabalhistas e previdenciárias?
Como fica o processo eleitoral para 2018? Sim, é isso mesmo, ano que vem, no dia 7 de outubro, teremos eleições gerais para Presidente, Governadores, Senadores e Deputados. 

Para concluir, perguntamos ... Quem estará “habilitado" ética e moralmente para participar desse pleito super importante para um País que se encontra numa grande encruzilhada e precisando de líderes honestos e competentes para tirar 210 milhões de brasileiros desta crise infindável?

Oremus!





quinta-feira, 6 de abril de 2017

Não é bem assim José Mayer...


Estou acompanhando "de longe" toda essa polêmica em torno do "assédio" do galã José Mayer a uma colega da Globo. Diz ele que faz parte de uma geração machista e coisa e tal.
Segundo ele... "Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são”

Me desculpe José Mayer, temos apenas dois anos de diferença. Na boa... lá na década de 70, nunca tive dificuldade de ser um amante à moda antiga. Daquele que mandava flores, escrevia cartas românticas, escrevia poesias, um cineminha de mãos dadas, dançava de rosto colado, oferecia músicas, um telefonema fora de hora só para dizer "eu te amo"...
Não era tão difícil assim José Mayer...