sábado, 25 de novembro de 2017

Dia de Santa Catarina



Hoje, 25 de novembro,  comemoramos o Dia de Santa Catarina.

No começo do século XVI, a região que é hoje o estado catarinense era povoada pelos 
carijós, tribo do grupo tupi-guarani. A partir do início da época em que o Brasil foi descoberto, expedições vindas de Portugal e Espanha visitaram a costa catarinense.

No ano de 1526, 
Sebastião Caboto, viajando ao rio da Prata, tinha passado pela ilha então denominada dos Patos e a chamou de Santa CatarinaD. João III doou as terras continentais para Pero Lopes de Sousa em 1534. Mas, em todos os anos de século XVI, as terras ficaram desabitadas, recebiam a visita de jesuítas, colonizadores espanhóis e portugueses, porém, sem população permanente.
Os portugueses somente começaram a se interessar pela região na metade do século XVII. No ano de 1658, a povoação permanente mais antiga do estado, o povoado de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco foi fundado por Manuel Lourenço de Andrade e seus amigos.

Em 1675, Francisco Dias Velho, seguido de seus filhos, escravos e criados, criou a povoação de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis) na ilha de Santa Catarina. Em 1676, o povoado de Laguna foi estabelecido por Domingos de Brito Peixoto. Em 1738, criou-se a Capitania de Santa Catarina, vinculada à de São Paulo. Em 1739, a capitania desmembrou-se de São Paulo e passou a pertencer à Capitania Real do Rio de Janeiro.

Um sistema defensivo insular foi criado e cerca de cinco mil 
imigrantes açorianos começaram a povoar a ilha e o litoral da capitania, de 1748 a 1756. Portugal e Espanha entraram em guerra. Em consequência disso, a ilha de Santa Catarina foi devastada e invadida por tropas espanholas em 1777. Os espanhóis foram obrigados pelo Tratado de Santo Ildefonso a devolver a região que eles mesmo conquistaram.
Depois que a independência do Brasil foi proclamada, a capitania foi elevada à categoria de província. A Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul em 1835, teve suas consequências sofridas pela então província. Em julho de 1839, a República Juliana foi proclamada pelos revolucionários, chefiados por Giuseppe Garibaldi e David Canabarro, que tinham tomado Laguna.

Derrotados pelas tropas do Império do Brasil, os rebeldes deixaram Laguna. O novo país sul-americano teve curta duração, pois quando sua independência foi proclamada, deixou de pagar a República Rio Grandense por falta de dinheiro. Em 1840, as trincheiras farroupilhas mais recentes foram extintas. Em meados do século XIX vieram os imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos, estes últimos em quantidade muito pequena. Foram criadas as colônias de Dona Francisca, atual Joinville, em 1850, Blumenau em 1852, e Brusque em 1860.



proclamação da República foi apoiada pela província agora elevada à categoria de unidade federativa em 17 de novembro de 1889, data que aparece na bandeira e no brasão estaduais, porém a revolta do governador escolhido por nomeação presidencial, que se aderiu à Revolução Federalista gaúcha em 1893, foi contrária ao governo central. Desterro foi transformada em base naval da esquadra revolucionária chefiada por Custódio José de Melo.

As lutas expandiram-se por toda a costa de Santa Catarina. Derrotados em 1894, os revolucionários foram seriamente castigados pelas tropas legalistas. Em 1894, Hercílio Luz foi escolhido por voto popular como governador e elaborou uma política que pacificasse a região e que reparasse os problemas de infraestruturas que o estado sofreu.

Homenageando Floriano Peixoto, Desterro recebeu o nome de Florianópolis, após uma reviravolta que custou a vida dos defensores da revolução.


No ano de 1912, teve início a Guerra do Contestado, conflito de oposição entre os habitantes empobrecidos da região que situa-se dentre os rios NegroIguaçuPelotas e Uruguai e as forças oficiais. José Maria de Santo Agostinho, um curandeiro considerado santo, liderava os sertanejos. Bem como isso, o Paraná e Santa Catarina disputavam a região onde moravam, por esse motivo é que a área recebeu o nome de Contestado.

Ambas as unidades federativas se desentenderam e os sertanejos lutaram contra as forças oficiais, e tudo isso somente deixou de existir em 1916. Em 1930 o território de Santa Catarina foi invadido pelas forças revoltosas as quais saíram do Rio Grande do Sul, apesar da resistência de Florianópolis que se estendeu até o triunfo da revolução no país inteiro.

Na época da Segunda Guerra Mundial, foi necessário que o problema da infiltração nazista fosse enfrentado no estado, em que o esforço de guerra brasileiro não conseguiu ser prejudicado por agrupamentos de alemães, diante de uma tentativa infrutífera. Em toda a administração de Getúlio Vargas, até 1945, interventores governaram o estado.

Desde os anos 1950, colaborou ao progresso catarinense o estímulo concedido para que o extremo oeste e o meio-oeste do estado fossem povoados por colonos ítalo-brasileiros que vieram do Rio Grande do Sul. A Universidade Federal de Santa Catarina foi criada em 1960 e a Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina foi fundada em 1965, e tudo isso impulsionou em muito a educação estadual.
  
(Fonte:Wikipedia 

sábado, 11 de novembro de 2017

“É preto... É coisa de preto”.




“É preto... É coisa de preto”.




               O jornalismo brasileiro sofreu, talvez, nesta semana, seu pior momento em relação a uma questão “mal resolvida” no Brasil.... O preconceito racial.  O vazamento de um vídeo “pré-gravação” em que Willian Waack, considerado um dos maiores correspondentes internacionais do Brasil, comentaria as eleições americanas de 2016. Após ser “incomodado” por algumas buzinas ele reagiu... “É preto... É coisa de preto”. Não vamos discutir aqui como vazou essa infeliz indiscrição de Waack.

               Na verdade, o episódio apenas traz à tona um triste histórico brasileiro em relação a escravidão dos africanos na América. Brasil e Portugal estão no topo de um ranking que não traz nenhum motivo de orgulho: os dois países são os maiores protagonistas do site: http://www.slavevoyages.org/assessment/estimates , onde estão catalogadas 29 mil travessias transatlânticas, que carregaram 9 milhões de escravos. No total, barcos com bandeira de Portugal/ Brasil chegaram a transportar 5,8 milhões de escravos. Em segundo lugar vêm os britânicos com 3,2 milhões.

               A partir destes dados, confesso que fica difícil fazer a defesa de qualquer “branco” quando se manifesta contra sobre cotas raciais nas universidades, sobre população carcerária (61,7% são negros), sobre a pobreza (3 em cada 4 dos mais pobres no Brasil, são negros).

              Portanto, na contenda entre os que “acham” que Willian Waack foi vítima de uma infeliz indiscrição ou dos que “acham” que cometeu crime de racismo, só tenho uma certeza... Em pleno Século 21, quando todos estão conectados,  não cabem mais comentários preconceituosos (reservados ou públicos) de ordem racial, política, religiosa, sexual, entre outros.

              Se, cada um de nós cuidarmos apenas de “nossas vidas” já será o suficiente para vivermos em harmonia global. Qualquer manifestação nesse sentido... O risco e as consequências ficam por conta de cada um.