sábado, 28 de outubro de 2017

Esse inexorável tempo ...







Para nós sessentões, esse danado do tempo tem muita pressa. Ele não espera um milionésimo de segundo, por nós, os viajantes da terceira e última idade. Ele passa e não volta nunca mais. Ele tem pressa.
Ele nos permite apenas uns míseros “flashbacks” ... lembranças, através das fotografias com nossas viagens, nossos avós, nossos pais, nossos amores, nossas crianças e com nossos velhos e eternos amigos.
Mas ele segue... continua inexorável e implacável nesse paradigma que transcende as leis da física, que poderiam nos explicar este enigma, que nos consome e nos perturba.
A solução? Está com certeza na aceitação.
Por isso, há 6 anos, elegi 100 coisas para fazer antes da transferência para o andar de cima. Amar, trabalhar, viajar, escrever, fotografar, tocar sax, meditar, perdoar, pedir desculpas, evoluir, superar desafios, curtir os netos, lutar pelas desigualdades sociais, ...
Como ainda me considero um jovem sessentão, me estimula muito viver. Viver cada dia. Cada hora. Cada minuto. Cada milionésimo de segundo. Viver. Viver por mim mesmo.
E, como disse o poeta... "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Apatia geral...






Apatia geral...

Dias atrás a agência alemã de notícias – Deutche Welle, criticava e chamava à atenção sobre a apatia da sociedade brasileira frente aos atuais escândalos de corrupção tendo como protagonista maior o Presidente da República -  o Senhor Michel Temer. Por muito menos nos organizamos e fomos às ruas em passeatas com milhares e milhares de manifestantes “pedindo a cabeça de Dilma” pelas tais “pedaladas”. E funcionou mesmo.

Hoje, estamos aqui e alhures esbravejando contra exposições de museus, contra as novelas da Globo que “dão força” a sociedade LGBTI, apoiando os movimentos das “Escolas Sem Partido”, e protestando pela inclusão no currículo escolar de matéria que trate de gênero e diversidade sexual com o apoio mobilizador dos seminaristas do MBL, defensores mor da moral e dos bons costumes.

Pergunto: O que mudou na cabeça de nossa sociedade? Por que não vamos às ruas protestar contra essa gangue que se apoderou do executivo e do legislativo. Por que não vamos para as ruas protestar contra decisões da mais alta corte judicial brasileira que tem afrontado a sociedade com julgamentos de visível conotação político-partidária?

De onde veio e o que gerou essa gigantesca apatia que nos impede de reagir e de mostrarmos nossa revolta e indignação? Um longo fim de semana para nossas reflexões.

 Oremus!

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O Brasil é o meu País...















                Mais uma vez o grupo/movimento separatista denominado “O Sul é meu País”, tenta promover uma “consulta” se o Sul deve ou não se separar da República Federativa do Brasil. Dispensável qualquer comentário sob o aspecto jurídico, pois essa “consulta” está desprovida de qualquer amparo constitucional. Ponto.

                O que nos chama atenção e até mesmo preocupação é nossa percepção de que o movimento deixa transparecer em algumas de suas falas um alto ingrediente de preconceito social. Talvez, por desconhecimento histórico de integrantes do movimento, é muito bom lembrá-los que nesses últimos 150 anos “aportaram” no Brasil mais de 4,7 milhões de imigrantes. Entre eles, portugueses, italianos, alemães, japoneses, chineses, latinos, africanos, espanhóis, judeus, árabes, poloneses, russos, coreanos, entre outros, espalhados em todas as regiões do país, sem um único registro de qualquer conflito de etnia.

               Todos ajudaram a construir esta grande nação, reconhecida em todo o mundo por abraçar povos de todas as etnias sem qualquer discriminação. Podemos até “concordar” quando se fala de Brasília como um centro de corrupção. Mas “alto lá”. Naquela tal Praça dos Três Poderes, estão reunidos (para o bem ou para o mal) congressistas que representam proporcionalmente todos os estados da federação.

                Respeitosamente, nosso entendimento é que não existe qualquer tese de fundo histórico, social ou econômico que justifique esse movimento separatista. Nem me venham falar nos Catalães. Lá a história é outra. Com a maior certeza aposto... essa não é a melhor fórmula para se acabar com a corrupção no país. O Brasil é meu País...