sábado, 14 de janeiro de 2017

Jornalistas do Mundo... Uni-vos!




Jornalistas do Mundo...  Uni-vos!


Diversos episódios jornalísticos nacionais e internacionais têm provocado interrogações sobre o momento de uma profissão tão respeitada, admirada e reconhecida como indispensável... a de Jornalista. A pergunta é: Jornalista está entre as profissões do futuro? Nos últimos artigos e matérias sobre profissões do futuro, surpreendentemente não está contemplada a profissão de Jornalista. De se ressaltar, que não estamos falando de Jornalismo. Com certeza, apesar de conexas, são duas coisas totalmente distintas.

Dias atrás, meu querido amigo Laudelino Sardá, respeitado e admirado jornalista das antigas e atual, disse-me que não existe “jornalista imparcial”. Arriscando, e atrevendo-me numa análise dentro de sua tese ou assertiva, ouso provocá-lo. A Internet colocou-nos num mundo chamado globalizado ou sem fronteiras, ou seja, em tempo real, o conhecido “real time”.  Por exemplo, semana passada, uma francesa que fazia um “self” na Tailândia, foi mordida por um crocodilo. Esse fato foi notícia no mundo inteiro na mesma hora. Dependeu de jornalista... não. Dependeu do jornalismo.

Respeitosamente, diante do que estamos presenciando junto aos grandes órgãos de comunicação (Tevês, Jornais, Rádios, Revistas), dos blogueiros, chapas brancas ou não, freelances e finalmente, os compartilhadores de plantão das redes sociais, destaca-se a parte mais importante do processo... Quem destes veículos e jornalistas está trabalhando com credibilidade? Quem está falando a verdade? Quem não está distorcendo a notícia? Quem está “dourando” ou “protegendo” autoridades? Quem está defendendo seu salário? A eleição para presidência dos Estados Unidos tem sido o exemplo clássico.

Portanto, nesse emaranhado de “informantes” e de dúvidas, respeitosamente, é que se está diminuindo ou fazendo perder a importância do “jornalista de carteirinha”. Isto é bom? Isto é ruim? Isto faz parte do processo das novas tecnologias? Dos novos tempos? Afinal de contas nossos “jornalistas” estão no Twitter, no Facebook, nos Blogs, na Wikipédia, no Google... Quem são eles? Viraram anônimos. Sem rostos, sem marcas, sem grifes, sem individualismo.


Portanto, sugiro aos nossos queridos jornalistas, que no próximo Congresso Mundial de Jornalistas, coloquem na pauta dos seminários este tema... “Jornalista ainda é a profissão do Futuro?” A forma do exercício da profissão hoje atende os conceitos clássicos da profissão?

“Jornalistas do Mundo... Uni-vos”

6 comentários:

  1. Há uma confusão, antiga, sobre o que é e o que faz (ou deveria fazer) o jornalista. E essa é uma área que comporta um longo debate. Mas, sendo sucinto: quanto mais informações estão disponíveis no ambiente, mais útil se torna o trabalho jornalístico de separar o joio do trigo, os alhos dos bugalhos e condensar a infinidade de dados que brotam de todas as fontes numa narrativa coerente que faça algum sentido. Muitas atividades que se confundem com o jornalismo ou são consideradas, por algum motivo (vaidade, desinformação, o que seja) como jornalísticas, não têm futuro. Mas, se no futuro a informação ainda for abundante, sempre necessitaremos de um editor, que coloque alguma ordem nesse caos. Claro, a conversa é longa e bem mais complicada do que pode parecer.

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    1. Perfeito... "a conversa é longa e bem mais complicada do que pode parecer". É apenas uma provocação sobre o triste momento do jornalismo.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É a velha discussão entre imparcialidade e isenção. Imparcialidade não existe em nenhum ramo de atividade. Já a isenção é fundamental para um jornalismo de credibilidade

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    1. Como conseguir separar os interesses do veículo ($$), da ideologia do jornalista e de patrocinadores?

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Obrigado pelo seu comentário.
Lourival Amorim