sexta-feira, 29 de julho de 2016

Todo Político Deveria Ter Curso Superior?

Todo Político Deveria Ter Curso Superior?

          Muito se tem discutido sobre a exigência ou não, de qualquer cidadão que pretenda ter um cargo político, de vereador a presidente da república, possuir um curso superior. Evidente, que num país de dimensões continentais, com diferenças culturais imensas e com diferenças de faixas de rendas abissais, o assunto se torna muito polêmico. Os defensores do “sim” e do “não” elencam, entre outras, as principais justificativas:

          Primeiramente, os defensores do “não” alegam que a maioria dos municípios brasileiros não possuem um curso superior. Para se ter uma ideia apenas 52% dos prefeitos brasileiros cursaram uma faculdade. Esse número se reduz para 26% entre os vereadores. Da população brasileira apenas 8% possui um curso superior. Por fim, os defensores do “não” defendem que não é necessariamente um diploma de curso superior que credencia um político para representar sua comunidade, cidade ou seu estado. Grande parcela dos eleitores acham mais importante a honestidade do candidato. Em contrapartida, os defensores do “sim” declaram que é impossível um representante do povo discutir gestão pública, leis, orçamentos, sem uma formação acadêmica superior.

          Entre o “sim” e o “não” eu proporia a criação de no mínimo, um curso obrigatório (Gestor Público) para todos nossos candidatos, com duração, mínima de 180 horas, a serem divididas nos seguintes módulos: (1) Direito Constitucional - 40 horas; (2) Direito Administrativo - 60 horas; (3) Orçamento e Finanças Públicas – Lei nº 4.320/64 - 60 horas; (4) Oratória – 10 horas e (5) Ética - 10 horas.

          Quero, e acredito piamente que, com essa formação poderemos ter uma significativa mudança no comportamento de nossos políticos. Primeiro, deixariam de propor e fazer promessas que contrariassem nossa Carta Magna. Segundo, saberiam se manifestar quando da discussão de matéria que envolvesse organização pública, atos administrativos, licitações, contratos e bens públicos. Terceiro, não mais seriam “vacas de presépio” quando da votação do orçamento. Quarto, para subir numa tribuna exige-se um mínimo de oratória. E, por fim, apresentar a esses cidadãos, Sócrates, Aristóteles, Platão, Spinoza, Kant, para conhecerem alguns atributos “um pouco fora de moda” tais como ética, moral e filosofia do direito.


Um comentário:

  1. Pertinente texto, fundamental que todo político tenha um currículo, seja honesto e exemplo. O gestor público deve ter conhecimento das suas funções, ter uma visão técnica e inovadora, sem prometer sonhos, mas ações concretas em prol da população e da cidade.

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Lourival Amorim