sábado, 12 de março de 2016

O cortejo...






O Cortejo...

Prossegue lá fora a chuva
Em ritmo cadenciado
Tocando na vidraça embaçada
Paisagem triste, sem vida, sem cores
As pessoas seguem qual um cortejo fúnebre
Algumas com destino certeiro
Outras errantes...
Mas o cortejo segue.
Não se interrompe.
A vida não pode parar
Agora me vejo nele
Lânguido, externado, mórbido
Olhar fixo no preâmbulo da incerteza
É preciso mudar e levantar o olhar
Fitar uma luz
Uma luz com nome de uma promessa
Uma promessa chamada esperança.
Lourival Amorim – (1987)

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Lourival Amorim