sábado, 5 de agosto de 2017

Vou-me embora para Anitápolis...






Vou-me embora para Anitápolis...

(*)

Vou-me embora para Anitápolis
Lá sou amigo dos sabiás
Lá tenho a água cristalina
Da fonte que eu escolherei...

Vou-me embora para Anitápolis
Aqui eu não sou tão feliz
Lá a existência é de um paraíso
De tal modo inconsequente
Que vales, montanhas e rios
Formem um pintura de
Da Vinci
 
Ah... E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei morros
Tomarei banhos de rio...
E quando estiver cansado
Deito na varanda à beira do Rio Branco
Mando chamar a Mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Minha mãe vinha me contar

Vou-me embora pra Anitápolis
 
Em Anitápolis tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a depressão
Tem celular, tem Internet
Tem canto de canários e sabiás
E mais... tem cervejas sem milho
Para a gente viajar...


E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar...
Lá sou amigo do Sabiá
Terei a melodia que eu quero
Na rede que escolherei...
Vou-me embora para Anitápolis.


Plágio de “Vou-me embora prá Pasárgada” Manoel Bandeira

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Lourival Amorim