sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Somos todos Super-Homens.

Somos todos Super-Homens.
Pergunto: é realmente possível cuidar da educação dos filhos, dirigir neste trânsito enlouquecido, andar em transporte público, concluir a graduação, atender celular, aturar "aquele" chefe, conviver com colegas invejosos e preconceituosos, cuidar do peso com eternas dietas, malhar em academias, aceitar o envelhecimento, reuniões improdutivas, controlar cartão de crédito, controlar agenda, TPM da parceira, mau-humor do parceiro após derrota do time, responder aos zap-zaps, espiar o Facebook, responder todos os e-mails, pagar um caminhão de impostos (IPVA, IPTU, IR), procurar estacionamento com urgência, segurar a pressão da concorrência, assembleia do condomínio, hipertensão arterial, assistir e/ou ler aos jornais só com notícias que dão vontade de cortar os pulsos, preservar a ética, diariamente assistir políticos na TV “se explicando” pelas roubalheiras e resistir a tudo isso sem chegar a um alto e insuportável nível de stress?

Saímos de uma vida tranquila em grupos, vivendo e explorando inicialmente a caça e a pesca, mais tarde usamos a agricultura e a pecuária, com a domesticação de animais para aproveitar suas carnes, ovos, peles, etc., para escolhermos a conturbada vida urbana, para "morarmos" em conglomerados urbanos apinhados de gente, fazendo todos perderem a qualidade de vida, em especial a saúde.

Como resultado desta radical mudança, nossos hospitais psiquiátricos estão lotados de doentes mentais. Consultas com psiquiatras e psicólogos têm longas filas de espera para doentes com problemas que vão desde uma “simples” insônia, passando pelo transtorno de ansiedade e até mesmo a depressão profunda. As penitenciárias estão abarrotadas de “desajustados”. Os tribunais estão “entupidos” de conflitos de natureza criminal e patrimonial. A Organização Mundial da Saúde, OMS (2014), alerta que uma em cada 10 pessoas no mundo, (10% da população global), sofre de algum distúrbio de saúde mental. Isso representa aproximadamente 700 milhões de pessoas.

Finalizando, não existe nenhuma fórmula mágica para “navegar” incólume neste mar de eternos desafios e conflitos do nosso cotidiano. Existem sim algumas atitudes que podemos tomar para minimizar os efeitos perversos desse stress, buscando melhor qualidade de vida, tais como manter a mente ativa, controle da respiração, exercícios diários, praticar meditação, ouvir música, saborear um bom chocolate, consumir menos glúten, ser mais otimista, dormir bem, ter mais contato com a natureza, aceitar a vida e evitar a inveja, o ódio, a raiva e a mágoa que roubam nossas alegrias. É fácil fazer tudo isto?

Somos ou não somos todos Super-Homens?
Lourival Amorim (2016)

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Lourival Amorim