domingo, 24 de abril de 2016

Vamos cuspir ...



Vamos cuspir ...



O Brasil de “Coxinhas & Mortadelas”  continua produzindo  efeitos colaterais inimagináveis por conta da radicalização das diferenças. Fico imaginando torcedores do Avaí saindo pela rua cuspindo nos torcedores do Time do Estreito ou vice-versa. Ou ainda,  católicos cuspindo em evangélicos ou vice-versa. E, por fim, imagino todos os coxinhas e/ou mortadelas cuspindo entre si por conta da diferença do “simples pensar”.

Inúmeros pensadores e poetas dedicaram-se a escrever sobre o pensamento ou o livre-pensar.  Shakespeare ensaiou... “Seja como for o que penses, creio que é melhor dizê-lo com boas palavras”. Aristóteles proferiu... “A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais”. Por fim, Leon Tolstoi cravou... “Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam”.

Tento imaginar, o que levou um cara inteligente, como José de Abreu, com participação em dezenas de novelas desde 1980, em dezenas de filmes desde 1968, com diversas premiações e indicações, levantar da sua mesa para cuspir em um casal. Independentemente das versões dos dois lados... alguma coisa de muito grave está acontecendo entre nós. Não estamos falando de gente do submundo do crime. Tais como tráfico de drogas liderado pelas gangues e máfias. Estamos falando de pessoas “das zelites”. 

Em princípio, de forma positiva, parece que tudo será resolvido com o processo de “Impeachment” da Presidente Dilma Rousseff. Cada Coxinha e cada Mortadela será colocado no seu devido lugar. Ou no pódio ou na rabeira da história. Oremos. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O Brasil dos “Coxinhas” & “Mortadelas”.



O Brasil dos “Coxinhas” & “Mortadelas”.

Completei nesse mês 64 anos. Passei pela morte de Getúlio Vargas (1954), pela conturbada eleição de JK (1955), pelo Golpe de 64, pelas Diretas Já. Vi o Brasil ser campeão das copas de 58, 62, 70, 94 e 2002. Assisti a fundação de Brasília, a eleição da primeira miss universo, os festivais da MPB, fui contemporâneo de muita gente importante como Albert Einstein, Alexander Fleming, Mao Tse-Tung, Stalin, Pio XII, Marilyn Monroe, John Kennedy, Che Guevara
Eisenhower , Martin Luther King, Charles de Gaulle, Jimmy Hendrix, Jane Joplin, Charles Chaplin,  Churchill, Alfred Hitchcock.


Meu Brasil Brasileiro, hoje habitado por 205 milhões de boas almas, sempre foi formado por catarinas, gaúchos, coxas brancas, paulistas, cariocas, mineiros, capixabas, candangos, baianos, pernambucanos, paraíbas, cearenses, entre outros brasileiros livres.

De repente, não tão de repente, passamos a assistir atônitos, um filme de terror, num enorme telão, protagonizado por nossos políticos de “A a Z”, pertencentes a partidos de “A a Z”, que nos meteram na maior crise econômica, política e principalmente ética da nossa história.  Em dois anos, já estamos na 27ª Fase da Operação Lava-Jato e pelo jeito vai a 100ª Fase.

Todo dia tomamos conhecimento de um “novo escândalo”, novos pilantras, novas contas na Suíça, novos milionários no “Panamá Papers”. Como disse o Procurador da República Deltan Dallagnol, Coordenador da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato na Justiça Federal de Curitiba, "A corrupção é apartidária. Ela não é privilégio ou ônus de um partido A ou B.”

No meio desse teatro de horrores, alguém descobriu que a solução para toda nossa crise econômica, política e ética passa pelo impedimento da atual Presidente da República, que assumiu o governo numa coligação de mais oito partidos (não podia dar certo mesmo), concorrendo com mais 23. Longe, mais bem longe mesmo de dar um pitaco sobre o mérito do processo, me chamou atenção a nova divisão que foi imposta aos brasileiros. Hoje, não temos mais catarinas, gaúchos, coxas brancas, paulistas, cariocas, mineiros, capixabas, candangos, baianos, pernambucanos, paraíbas ou cearenses.

Agora estamos divididos em duas grandes categorias políticas, culturais e econômicas. Somos “Coxinhas” ou “Mortadelas”. Bons tempos àqueles que tinham os ambientalistas, liberais, democratas, republicanos, comunistas, socialistas, progressistas, cristãos, entre outros. E pior, agora não tem meio termo. Não pode ficar em cima do muro. Não pode achar que existe uma outra categoria política. É coxinha ou é mortadela.

Domingo, dia 17 de abril, temos mais um momento tenso entre coxinhas e mortadelas. A Câmara vota o Processo de Impeachment. Sinceramente, de coração, não acho que vai ter vencedor. Independentemente da vitória dos coxinhas ou dos mortadelas, acho que continuaremos mergulhados nessa profunda crise que esses políticos nos meteram.

Para aqueles que possuem fé, só falta rezar para que apareça uma “nova” liderança política nacional, em que possamos depositar nossa confiança e que nos mostre um norte ou um farol para essa grande nau aportar num porto seguro.  Oremos.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

”Em casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”




”Em casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”



É atribuída ao economista Delfim Neto, o super Ministro da Fazenda dos anos 70’s e 80’s, a famosa frase... “A parte mais sensível do corpo humano é o bolso”.  Aproveitando, vamos lembrar também o ditado popular que diz “Quando a fome entra pela porta o amor sai pela janela”.

Se juntarmos os três ditados, com certeza, vamos encontrar a resposta para a origem da maior crise política vivida pela história brasileira.  Uma crise degradante que expõe de forma vergonhosa as operações não republicanas entre políticos e empresários. Esta crise tem dois escândalos distintos para nossa modesta análise.

O primeiro, o do “Mensalão”, em pleno governo Lula, que apesar da relevância e da imoralidade do escândalo, não houve um único pedido de impeachment. Por quê? Porque todo mundo estava feliz (Governo & Oposição). Feliz com os empregos, com os lucros, com as exportações, com as viagens, com as bolsas, com o dólar baixo, etc.

O segundo escândalo, o da Petrobrás, é muito diferente. Esse mexeu com o “bolso” de todo mundo. Mexeu com o bolso do empregado, da dona de casa, do empresário, do estudante, dos governos federal, estaduais e municipais, aprofundando uma crise econômica quase sem precedentes, que vem prejudicando principalmente as classes menos favorecidas.  Neste exato momento, em que escrevo, nossos “políticos” estão lá em Brasília discutindo se a Presidente da República cometeu ou não “crime de responsabilidade”.

Para nós empresários, pais de família, donas de casas, estudantes, infelizmente, as perspectivas não são nada animadoras. Independentemente do resultado deste processo de impeachment, nossa economia continuará internada na UTI. As notícias mais alvissareiras mostram uma recuperação da economia somente lá por meados de 2017.

Oremos!
”Em casa onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão” 






segunda-feira, 4 de abril de 2016

“Panama Papers – O submundo das finanças nunca mais será o mesmo”





“Panama Papers – O submundo das finanças nunca mais será o mesmo”




“Panama Papers” é o nome dado a talvez, ao maior escândalo de crimes financeiros e corrupção, que foi descoberto através de 11,5 milhões de documentos “acessados sem autorização” do Escritório de Advocacia Mossack-Fonseca, hoje nas mãos do jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI).

A investigação durou um ano e envolveu 378 jornalistas de 107 meios de comunicação em 77 países.  Esses documentos mostram como uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos vendem o segredo financeiro a políticos, sonegadores, e traficantes de droga, bem como a multimilionários, celebridades e estrelas dos esportes.

Ou seja, os documentos expõem como companhias offshore’s criadas por essa sociedade de advogados para entidades ligadas a 12 antigos e atuais líderes mundiais, desviaram dinheiro e fugiram ao fisco ao colocar dinheiro em 21 dos destinos mundiais onde se podem criar estas offshore’s que são, na prática, estruturas empresariais que servem de fachada e são, na realidade, usadas para esconder patrimônio e dinheiro. Os documentos, que contém informações sobre 214.488 empresas offshore’s relacionadas com pessoas em mais de 200 países e territórios, fornecem ainda detalhes de operações financeiras ocultas de mais 128 políticos de todo o mundo e de muitas outras personalidades mundiais.

Esse dinheiro era usado em tudo. Desde a simples fuga ao fisco até ao financiamento de crimes de cartéis de droga, exploração de diamantes e até guerras. Os documentos referem-se “pelo menos 33 pessoas e empresas que constam numa lista negra da administração norte-americana por se envolverem em negócios com os patrões da droga mexicanos, organizações terroristas como o Hezbollah ou países como a Coreia do Norte e o Irã.

Parece que a relação de brasileiros é bastante extensa.
 A lista final será divulgada em maio.
O estoque de Floratil nas farmácias vai desaparecer.





domingo, 3 de abril de 2016

Como conciliar um jornalismo independente com a necessidade de gerar Lucros?








Como conciliar um jornalismo independente com a necessidade de gerar Lucros?

É uma guerra. Cada um na sua casamata. Estamos no meio de um conflito midiático sobre nosso futuro político. São os editoriais dos “jornalões”, temos ainda os famosos colunistas da grande mídia, os conhecidos Blogs devidamente remunerados, que disparam a todo o momento milhares de “informações” para nós brasileiros. Essas “informações” são compartilhadas através do Facebook, Twitter, Whatsapp, entre outros.

A grande questão é... Como filtrar, como separar o joio do trigo, como saber onde está a verdade? Como saber onde há ou não conflito de ética no jornalismo investigativo e independente?  É muito difícil para nós mortais. Por coincidência, estamos no meio de um processo que questiona se estamos a observar o fim da imprensa de papel. Ou seja, o fim dos jornais e revistas impressos.

A resposta para este paradoxo está chegando com uma velocidade surpreendente.  Temos uma geração que praticamente não põe a mão em nenhuma mídia impressa. Essa geração quer velocidade. Ela tem acesso aos “compartilhamentos” dos amigos do Facebook, do Twitter, do Zap-Zap, do Instagram, Linkedin, etc,

Resumo da Ópera... A principal questão do jornalismo passa pela
 imparcialidade. “É também central nas discussões sobre ética jornalística. É difícil distinguir textos jornalísticos objetivos do chamado jornalismo opinativo. Jornalistas podem, intencionalmente ou não, cair como vítimas de propaganda ou desinformação. Mesmo sem cometer fraude deliberada, jornalistas podem dar um recorte embasado dos fatos sendo seletivos na apuração e na redação, focando em determinados aspectos em detrimento de outros, ou
dando explicações parciais — tanto no sentido de incompletas quanto de tendenciosas.”

Oremos.