Semana que vem, dia 12
de maio, após o Senado Federal concluir e votar a admissibilidade do
impeachment da Presidente Dilma, começa o Governo de Michel Temer (75 anos). Maldosamente, está sendo pregado para a sociedade
brasileira como o “Governo de Salvação Nacional”. Respeitosamente, entendo que a classe
política brasileira está nos metendo numa grande “enrascada”. Quando falo em
classe política, falo categoricamente e bem claro, de todos os atores dos
poderes executivo e legislativo. Estou falando dos políticos e dos partidos de
A a Z.
É importante que não
nos iludamos, não nos enganamos... Nenhum desses políticos tem uma varinha de
condão. Nenhum deles tem procuração de Jesus Cristo para operar milagres. O que
está em julgamento não são as “pedaladas” ou os tais decretos suplementares. Já
citei que “a parte mais sensível do corpo humano é o bolso”. Dilma vai cair
porque está faltando dinheiro no mercado, no bolso do trabalhador, porque está
faltando dinheiro para o empresário que teve que demitir milhões de empregados com
menos lucros. Governadores e Prefeitos falidos “estão vendendo o almoço para
pagar a janta”.
Não houve impeachment
de Lula por causa do escândalo do “mensalão” do PT. Não houve impeachment de
FHC por causa da “privataria tucana”. Por que não? Porque a economia andava
bem. O PMDB de Temer e o PSDB de Aécio já estão “divergindo” na escolha dos
ministros e em alguns pontos da “nova” política econômica. Para o curtíssimo
prazo é certo a reedição da CPMF para conter e/ou salvar a quebradeira das
5.570 prefeituras. Por outro lado, a FIESP já disse que não aceita aumento da carga tributária.
Só que existem alguns
ingredientes salgados e/ou amargos para o novo governo “administrar”. Num
congresso que ganha uma “nova oposição”, com faca nos dentes e sangue nos
olhos, o “novo” governo terá que apresentar as famosas e urgentes reformas,
tais como a ministerial, a da previdência e o aumento de impostos, sem falar em
medidas duras para controlar a inflação. Não menos problemático, ainda temos o
Janot, o Teori e o Moro com a “Lava Jato” na cola de um grande número de políticos do novo e do
velho governo. Isso sem falar na imprevisível reação dos “movimentos populares”
ao impeachment. Como diz o ditado... “Em casa que falta pão, todos brigam e
ninguém tem razão”. Esperamos que esta “briga” não descambe para a anarquia. É
tudo que não queremos. Todos perdem. Oremos.
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Lourival Amorim