sábado, 7 de maio de 2016

O Day After Impeachment... E agora Sr. Temer?

O Day After Impeachment...
E agora Sr. Temer?

Semana que vem, dia 12 de maio, após o Senado Federal concluir e votar a admissibilidade do impeachment da Presidente Dilma, começa o Governo de Michel Temer (75 anos).  Maldosamente, está sendo pregado para a sociedade brasileira como o “Governo de Salvação Nacional”.  Respeitosamente, entendo que a classe política brasileira está nos metendo numa grande “enrascada”. Quando falo em classe política, falo categoricamente e bem claro, de todos os atores dos poderes executivo e legislativo. Estou falando dos políticos e dos partidos de A a Z.

É importante que não nos iludamos, não nos enganamos... Nenhum desses políticos tem uma varinha de condão. Nenhum deles tem procuração de Jesus Cristo para operar milagres. O que está em julgamento não são as “pedaladas” ou os tais decretos suplementares. Já citei que “a parte mais sensível do corpo humano é o bolso”. Dilma vai cair porque está faltando dinheiro no mercado, no bolso do trabalhador, porque está faltando dinheiro para o empresário que teve que demitir milhões de empregados com menos lucros. Governadores e Prefeitos falidos “estão vendendo o almoço para pagar a janta”.

Não houve impeachment de Lula por causa do escândalo do “mensalão” do PT. Não houve impeachment de FHC por causa da “privataria tucana”. Por que não? Porque a economia andava bem. O PMDB de Temer e o PSDB de Aécio já estão “divergindo” na escolha dos ministros e em alguns pontos da “nova” política econômica. Para o curtíssimo prazo é certo a reedição da CPMF para conter e/ou salvar a quebradeira das 5.570 prefeituras. Por outro lado, a FIESP já disse que não aceita aumento da carga tributária.


Só que existem alguns ingredientes salgados e/ou amargos para o novo governo “administrar”. Num congresso que ganha uma “nova oposição”, com faca nos dentes e sangue nos olhos, o “novo” governo terá que apresentar as famosas e urgentes reformas, tais como a ministerial, a da previdência e o aumento de impostos, sem falar em medidas duras para controlar a inflação. Não menos problemático, ainda temos o Janot, o Teori e o Moro com a “Lava Jato” na cola de um grande número de políticos do novo e do velho governo. Isso sem falar na imprevisível reação dos “movimentos populares” ao impeachment. Como diz o ditado... “Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”. Esperamos que esta “briga” não descambe para a anarquia. É tudo que não queremos. Todos perdem. Oremos. 

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Lourival Amorim