Era uma vez... Uma grande porção de terras “descoberta” por
portugueses no Novo Mundo. Essa história é tão complexa e tão complicada, que
Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor, político, para mim um dos maiores
ilustres brasileiros, escreveu um belíssimo livro chamado “Aos trancos e
barrancos – como o Brasil deu no que deu” (1985). A obra relata com preciosos
detalhes, as mil e umas “lambanças” patrocinadas por nossos governantes nos
últimos cinco séculos.
Passados 516 anos da “descoberta”, estamos registrando, para variar, mais uma das bazófias apadrinhadas por nossos políticos e partidos políticos de A à Z, repito... de A à Z. Depois da “Privataria Tucana”, do “Mensalão”, do “Petrolão”,do “Trensalão” e da “Merendinha”, surgiram as famosas “Pedaladas”.
Então, para as “Pedaladas” o remédio foi o processo de “Impeachment” da Presidente, comandado pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha e ratificado pelo Senado da República, sob a batuta de Renan. Respeitado todo o processo contemplado na Constituição e no rito aprovado pelo STF, temos um “novo” governo com um “presidente interino”, assessorado por um Ministério de “notáveis”, segundo o próprio Michel Temer.
Pronto. Como num conto de fadas passamos a viver o glamour da “Nova República”. O dólar despencou, a bolsa subiu, a FIESP sorriu, a Febraban festejou, a mídia aderiu... Mas, (sempre tem uma desagradável conjunção adversativa) como em toda a estória, haverá a presença indesejável da bruxa malvada. Este insuportável ser, tinha que colocar nessa linda estória dois duendes do mal.
O primeiro Duende, um tal de Sérgio Machado e o segundo “outro” tal de Pedro Corrêa, ambos protagonistas de uma tal de “delação premiada”. Bastou à entrada destes dois duendes para sofrermos um terremoto marcando 8 graus na escala Richter. Não está ficando “pedra sobre pedra” no reino da “nova” e da “velha” república.
Ok. Tudo bem. Eles
(os políticos) sempre arrumam uma “solução negociada”. E aí, eu pergunto: E nós
mortais, que temos que trabalhar “sol a sol”, pagar nossas contas, inclusive os impostos, manter empregos, criar e educar nossos filhos... Quais são nossas
expectativas? Como será o nosso amanhã?
Oremus!!!