Recentemente,
assisti a mais uma das boas conferências TED (Sapling
Foundation). Essa última apresentada pelo nova-iorquino Jaron
Lanier. Esse cara foi um dos precursores da chamada “realidade virtual”. Jaron é
um dos maiores conhecedores de realidade virtual no mundo, por ser um dos
primeiros a aprofundar-se sobre o tema e construir produtos de realidade
virtual desde os anos 80’s. Atualmente bastante conhecido também por seu trabalho na defesa do humanismo e da economia
sustentável em um contexto digital.
Naquela época, Jaron ajudou a
criar uma visão para uma Internet como um "bem público comum", na
qual a humanidade poderia compartilhar seu conhecimento, mas, mesmo assim, essa
visão era assustadora pelo lado sombrio de como isso poderia acontecer... Seja
com dispositivos pessoais que controlam nossa vida, monitoram nossos dados e
nos alimentam de estímulos.
Nesta recente palestra visionária,
me chamou a atenção o fato de Jaron quando reflete sobre um "erro
mundialmente trágico, incrivelmente ridículo" que empresas como Google e
Facebook fizeram na base da cultura digital e como podemos desfazê-lo.
"Não podemos ter uma sociedade na qual, se duas pessoas desejam se
comunicar, a única forma de isso acontecer seja pelo financiamento de uma
terceira pessoa que deseja manipulá-las", diz ele.
Ano passado, Jaron escreveu seu último livro intitulado "Dez Argumentos para Excluir suas Contas das Mídias Sociais Agora". Os dez argumentos de Jaron para nos libertarmos do controle mortal das redes sociais incluem sua tendência a trazer o pior em nós, tornar a política aterrorizante, enganar-nos com ilusões de popularidade e sucesso, distorcer nosso relacionamento com a verdade, nos desconectar de outras pessoas.
Ano passado, Jaron escreveu seu último livro intitulado "Dez Argumentos para Excluir suas Contas das Mídias Sociais Agora". Os dez argumentos de Jaron para nos libertarmos do controle mortal das redes sociais incluem sua tendência a trazer o pior em nós, tornar a política aterrorizante, enganar-nos com ilusões de popularidade e sucesso, distorcer nosso relacionamento com a verdade, nos desconectar de outras pessoas.
O autor ainda faz uma alarmante denúncia... Como podemos permanecer autônomos em um mundo onde estamos sob constante vigilância e constantemente somos estimulados por algoritmos gerados por algumas das corporações mais ricas da história que não têm como ganhar dinheiro além de serem pagas para manipular nosso comportamento? Como os benefícios das redes sociais poderiam superar as perdas catastróficas para nossa dignidade pessoal, felicidade e liberdade?
Em especial, para finalizar, Jaron provoca: “Agora todos somos animais de laboratório”. Na verdade, participamos de uma louca experiência para que os anunciantes nos disparem suas mensagens quando estivermos mais suscetíveis a elas. Sem falar nas consequências políticas: os grupos que distribuem notícias falsas encontraram uma “interface desenhada para ajudar os anunciantes a alcançarem seu público objetivo com mensagens testadas para conseguir sua atenção”. Para o Facebook tanto faz se estes “anunciantes” são empresas que querem vender produtos, partidos políticos ou difusores de notícias falsas. O sistema é o mesmo para todos, e melhora “quando as pessoas estão irritadas, obcecadas e divididas”.
Oremus...
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Lourival Amorim