Hoje, o Brasil contabiliza
oficialmente 12 milhões de desempregados e, paradoxalmente, existem milhares de
vagas que não são preenchidas por falta de mão-de-obra capacitada. Estamos
falando de capacitação para execução de trabalhos que exigem conhecimento e/ou
experiência em novas tecnologias no crescente mercado digital (TI), impactado
diretamente pela Inteligência Artificial.
Recentemente, temos acessado artigos
que tratam da ameaça iminente da extinção e/ou reformulação de diversas
profissões tradicionais nos próximos dez anos. Entre outras, destacam-se: assessores
jurídicos, economistas, bancários, jornalistas, médicos tradicionais,
engenheiros, contadores, anestesistas, todos ameaçados pela Inteligência
Artificial (robôs) que vai substituí-los ou requerer profundas adaptações nos
seus conhecimentos.
Por outro lado, estão surgindo novas
profissões ou reformulação de algumas tradicionais, como: Gestor de marketing para e-commerce, Especialista em Cloud Computing, Advogado Societário, Gestor
de Inovação, Professor online, Arquiteto e Engenheiro 3D, Geneticista, Assessor de
Investimentos e Psicólogos.
Diante deste cenário, olhamos com profunda preocupação para nosso país que
possui um enorme déficit de vagas nas universidades públicas, são 11 milhões de
jovens sem acesso ao ensino fundamental. O que esperar desses dados? O que
vamos dizer para as gerações cheias de esperança que estão chegando ao mercado
de trabalho? Com certeza é um grande desafio para nossos governantes que estão
mais preocupados em gerar recursos para quitar folhas de pagamento em atraso,
sob pena de parar a máquina pública.
Todo governante deveria ter em mente que a educação exige todo cuidado e dedicação, pois seu resultado vai ter efeitos para toda vida do cidadão, sendo que o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.
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Lourival Amorim