Agora à tardinha, ouvia no meu “toca-fitas” do carro, na belíssima voz de Maria Bethânia, a
consagrada música “Gente Humilde”.
A
primeira estrofe da nostálgica letra começa assim...
♫... Tem
certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar... ♫
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar... ♫
Sinceramente
meus amigos, não tem como olhar para a situação do Brasil e não fazer um elo com nossa sofrida “gente humilde brasileira”.
Muitas pessoas acham mais fácil debitar “nossa” cultura de corrupção as nossas origens além-mar (Portugal). Respeitosamente temos que discordar. Somos um povo bastante trabalhador, formado pelas mais diversas etnias. Para cá vieram portugueses, italianos, alemães, africanos, árabes, judeus, japoneses, chineses, latinos, poloneses, russos, entre outros. Portanto, nosso congresso, nossas assembleias legislativas, nossas câmaras de vereadores, possuem representantes de todas essas etnias.
Muitas pessoas acham mais fácil debitar “nossa” cultura de corrupção as nossas origens além-mar (Portugal). Respeitosamente temos que discordar. Somos um povo bastante trabalhador, formado pelas mais diversas etnias. Para cá vieram portugueses, italianos, alemães, africanos, árabes, judeus, japoneses, chineses, latinos, poloneses, russos, entre outros. Portanto, nosso congresso, nossas assembleias legislativas, nossas câmaras de vereadores, possuem representantes de todas essas etnias.
Então
perguntamos... Onde foi que não deu certo? A resposta é triste, mas é a realidade. A elite da classe
política brasileira, nos últimos 50 anos, passou a usar o poder como se fosse
um feudo. Usaram suas prerrogativas para legislar apenas em causa própria.
Decidiram por seus super salários, seus super privilégios, que incluem dezenas de “assessores”,
verbas para saúde, alimentação, passagens aéreas, moradia, serviços postais, combustíveis, seguranças, entre outras.
Porém, todavia, contudo... como
se não bastassem todos esses modestos privilégios, essa mesma elite política resolveu participar do lucro das empresas,
em especial nas empreiteiras que prestam serviços bilionários ao poder público.
Só que escolheram a forma “não-republicana”. Esse procedimento aético se espalhou como um rastilho de pólvora,
contaminando as mais diversas camadas de políticos e empresários, que se associaram para saquear nossos recursos com a justificativa de “tudo devidamente declarado a Justiça Eleitoral” .
Essa
“Gente Humilde Brasileira”, que soma 86 milhões (sem contar com 13 milhões de
desempregados), que trabalha e que levanta todos os dias as 5 da matina, continua diariamente em sua “via-crúcis”, humilhada,
desrespeitada, cabisbaixa, sem acesso aos direitos básicos de uma educação digna
como eu tive nos anos 50’s e 60’s, sem uma saúde decente, com clínicas e postos
de saúde sucateados e sem
médicos.
Daí
então, só me resta ouvir a última estrofe...
♫... E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar...
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar... ♫
♫... E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar...
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar... ♫
Oremus !
Muito bom. Parabéns.
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