quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Ah Verão...




Hoje, às 7:44h, aconteceu o solstício de verão. Para mim a estação da vida, a estação que todos sonham suas férias...

sábado, 17 de dezembro de 2016

Os Perigosos "Jacarés"...






Para quem é usuário das rodovias brasileiras é comum ver nos acostamentos e às vezes até mesmo sobre a própria pista, pedaços de pneus recapados que se soltam dos caminhões. Os famosos “jacarés”.
Fico imaginando, um motociclista ou mesmo um carro mais leve, não tendo tempo e/ou espaço para desviar do tal “jacaré” e ter que passar por cima do mesmo. Com certeza a probabilidade de um acidente com vítimas é muito significativa.
Uma pesquisa do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) constatou que 75% dos pneus remoldados estão irregulares. A cada quatro pneus, apenas um possui o selo de qualidade do Inmetro.
Pergunto, com toda essa quantidade ilegal de “jacarés” encontrada nas estradas, por que os órgãos federais e nossos legisladores ainda não tomaram a inciativa de provocar alteração na legislação para impedir o uso desses pneus?
Será que o lobby das empresas dos pneus remoldados é tão forte assim?

"A Justiça atrasada não é Justiça..."





Esta é uma belíssima escultura do dinamarquês Jens Galschiot. Ela representa uma justiça obesa, mórbida, lenta, sendo carregada por um povo miserável, magro, de olhos fundos.

Os últimos acontecimentos entre os atores da Praça dos Três Poderes nos remete a uma profunda reflexão sobre a Justiça Brasileira. Nosso grande jurista Rui Barbosa foi preciso... "A Justiça atrasada não é Justiça; senão injustiça qualificada e manifesta".

A ansiedade toma conta de nós quando assistimos algumas das autoridades que compõem a mais alta corte brasileira, envolvidos numa condenada disputa de vaidades pessoais, às vezes deixando transparecer um viés político-partidário.
Era tudo que nós mortais aflitos com a situação política, institucional e sobretudo econômica... não precisávamos ou não merecíamos.

Oremus!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Navegando sem um Farol







Diria o poeta que: “Um farol não consegue guiar os navios que se aproximam se a luz dentro dele não estiver acesa”. Nós brasileiros precisamos com muita urgência de um farol. Infelizmente, estamos numa gigantesca nau sem velas, sem lemes, sem remos e pior... sem comandante. Estamos nos afundando numa crise política, econômica e agora institucional, sem precedentes em nossa jovem democracia.

Evidente que já passamos por grandes crises econômicas e sobrevivemos a todas. Porém, essa é sem dúvida mais preocupante e assustadora porque é muito diferente. Nessa existem dois ingredientes altamente voláteis, alimentados por um processo de corrupção que se arraigou tanto no setor público como no privado, e também, pela ausência de Accountability, que significa "prestar contas”.

Ou seja, quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos, mas de auto-avaliar a sua gestão qualitativa, com a maior transparência possível.

O consultor Stephen Kanitz, em 1999, escreveu um inteligente artigo dizendo de forma resumida que o Brasil não é um país intrinsecamente corrupto, mas um país pouco auditado. A prestação de contas em todas as esferas do executivo, legislativo e judiciário, aqui abrangidos pelos poderes federais, estaduais e municipais, tem melhorado bastante com a atuação dos seus tribunais de contas, exigindo relatórios de gestão. Porém, parece que ainda temos um longo caminho a trilhar, pois a maldita corrupção continua ocupando com destaque a parte policial dos jornais de todas as mídias formais e informais.

Lamentavelmente, o centro de nossa crise política está na questão do exercício da ética, ou melhor, pela total ausência de ética da grande maioria da classe política. Nossa preocupação maior é com os jovens, pois com a banalização da roubalheira dos políticos nos noticiários, pode dar a impressão que se trata de uma coisa normal na política. Talvez, lembrando o grande pensador holandês Spinoza em suas obras como “Tratado Político” e “Ética”, devêssemos pensar em incluir, com urgência, nos currículos do ensino básico e fundamental, cadeiras de ética. Deixando bem claro que isto não revogaria a máxima que diz que “a educação vem do berço”.

Para finalizar, por infortúnio maior, concluo com o título do artigo: Navegando sem um Farol, o que mais entristece e nos desanima é não termos nenhuma liderança nacional na classe política que pudéssemos depositar nossa confiança e que nos mostrasse um norte ou um farol para essa grande nau aportar num porto seguro. As grandes e as principais lideranças estão quase todas envolvidas com falcatruas no Mensalão, no Trensalão, no Merendão,  na Lava Jato, na Zelotes, entre outras. Continuamos navegando sem um farol... até quando meus amigos?

Lourival Amorim

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A Luta do Mal contra o Mal...




Tenho me manifestado, as vezes com certa impertinência, sobre as grandes jogadas de xadrez no confuso e rasteiro tabuleiro da política brasileira neste ano de 2016. Em maio, escrevi preocupado com a série de lambanças que nossos políticos de A a Z, dos partidos de A a Z, nos colocaram.

Na verdade estamos assistindo a uma grande disputa "não republicana" do poder pelo poder, com reflexos econômicos, sociais e institucionais gravíssimos e muito perigosos. Grande parte da sociedade, na boa-fé, como sempre, está sendo usada e arrastada, sem saber para onde está sendo "dirigida".

Ressalto, essa contenda não é uma disputa entre o bem e o mal. É uma "guerra fratricida" entre o Mal e o Mal. Engana-se, infelizmente, quem acha que trata-se de um duelo entre mocinho e bandido. Não é não.


O ocorrido nessa semana entre os poderes do judiciário e do legislativo sob a supervisão do executivo, joga um banho de água fria, em parte da sociedade que ainda acha que as vozes da rua tem alguma influência sobre nosso destino. Não se enganem... eles são profissionais.